terça-feira, 19 de agosto de 2008

Especialista em conservação de água defende vegetarianismo

John Anthony Allan diz que quem come carne consome, indiretamente, 5 mil litros de água ao dia

Associated Press



ESTOCOLMO - O ganhador do Prêmio Estocolmo da Água criticou o crescente uso de biocombustíveis e pediu que as pessoas comam menos carne, para ajudar a reduzir a água usada na produção de comida.

O pesquisador britânico John Anthony Allan disse que o efeito do uso crescente de biocombustíveis é "assustador demais para pensar".

Allan, de 71 anos, recebeu o prêmio da água de 2008 por ter criado o conceito de "água virtual", que mede a quantia de água usada em produção industrial e de alimentos. Ele disse que consumir carne prejudica o meio ambiente.

"Pessoas que não são vegetarianas consomem cinco metros cúbicos (cinco mil litros) de água ao dia; o banho que você toma é uma poça minúscula comparada com isso. É a água que entra na comida que é o grande problema", disse ele. "Seja racional e coma menos carne".

Ele falou á reportagem da Associated Press nos bastidores da Semana Mundial da Água, uma conferência da qual participam 2.500 cientistas, políticos e representantes de 140 países. Allan receberá o prêmio de US$ 150 mil numa cerimônia na quinta-feira.

Relatório divulgado nesta segunda-feira, 18, diz que as populações no mundo em desenvolvimento correm riscos cada vez maiores por causa do uso de água de esgoto em irrigação.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Qual a Diferença?






















Muitas pessoas conseguem perceber que touradas, rodeios e animais em circo são exemplos do quão baixo o homem pode ir para satisfazer seus desejos fúteis. Essas pessoas reconhecem que também somos animais, e que não há grande diferença entre torturar um boi e torturar um ser humano. Infelizmente, algumas vezes a crítica pára por aí. A questão animal é muito maior do que apenas um caso isolado de maus-tratos, e ela é extremamente dependente de nossas escolhas.

Enquanto acreditam que toureiros e peões são pessoas horríveis, deixam de olhar para o seu próprio papel na escravidão animal. Há quem resgata cachorros e gatos de rua, mas consome produtos de empresas que testam seus produtos nos mesmos. Há quem deixa de comer carne, mas continua consumindo leite e ovos, tão ou mais cruéis que a carne. Há quem participa de passeatas contra o rodeio, mas ainda é onívoro(a) ou apenas ovolactovegetariano(a).

Será que realmente somos tão diferentes de quem criticamos?

Achamos um absurdo que uma pessoa maltrate seu animal de estimação, mas maltratamos animais da mesma forma quando optamos por refeições onívoras ou ovolactovegetarianas, usamos roupas de couro, financiamos empresas que praticam vivissecção, vamos assistir a um circo com animais ou participamos de um rodeio “apenas para ouvir a música”.

Tudo isso está interligado. Tudo isso é exploração animal.

Em nossa sociedade, animais não-humanos não são diferentes juridicamente de cadeiras, mesas ou lixo - são reduzidos a meros objetos, sujeitos a qualquer uso e forma de tratamento. Esta objetificação os leva às mais imagináveis forma de tortura. Não há produto de origem animal livre de crueldade. Mesmo que houvesse, não deveríamos usar animais para satisfazermos nossos interesses, não interessa se eles foram “bem-tratados” por seus senhores ou não. Isso tudo é resultado direto de nosso financiamento. Somos nós quem permitimos que isso aconteça. Ao pagarmos por essas atividades, estamos dando nossa aprovação e garantindo a continuidade da escravidão. Somos nós que escravizamos animais, e a sua alforria está em nossas mãos.

Qual a diferença entre participar de rodeios e comer carne?
Qual a diferença entre testes em animais e onivorismo?
Qual a diferença entre comer carne e consumir leite e ovos?
Qual a diferença entre escravizar animais humanos ou não-humanos?

Não há diferença ética entre escravizar, torturar, estuprar e matar um animal humano ou não-humano para nos alimentar, testar drogas ou nos divertirmos. Toda exploração animal é inaceitável e deve ser combatida. Por isso, antes de criticarmos qualquer uma dessas atividades, devemos nos conscientizar sobre o nosso próprio papel nesse sistema e tomar uma atitude a respeito disso. Não podemos falar contra a exploração animal enquanto ainda explorarmos animais. A abolição da escravidão animal começa a partir de nós e de nossas atitudes, e, para mudarmos este quadro, é fundamental a nossa união sob a bandeira do veganismo. Não veja isso como um ataque. Estamos do mesmo lado. Este é apenas um apelo para que tenha coerência. Nossa força está na soma de nossos esforços.

A escravidão animal é desnecessária. Não precisamos usar animais para viver, e o veganismo é a prova disso. Veganismo é a aplicação do princípio abolicionista ao nível individual, caracterizado pelo vegetarianismo estrito e pelo boicote a empresas que lucram com a exploração animal. Quando uma pessoa se torna vegana, ela passa a se recusar a participar de qualquer forma de escravidão animal. Pode parecer complicado a princípio, mas é apenas uma questão de costume e informação. Salvar vidas, com uma consciência limpa. Se realmente queremos que animais sejam respeitados, veganismo é nossa única opção. Tome a decisão.

Até onde você se dispõe a ir para lutar pelos animais?


Seja Vegano(a)!


Dano
Coletivo Madu - Libertação Animal
madu@googlegroups.com
madudf.blogspot.com

sábado, 9 de agosto de 2008

4º Ato no Le Cirque

Embora o Circo tenha sido interditado, hoje (09/08/2008), iremos nos encontrar, novamente às 14h, na Funarte, para acompanhar e ver de perto a situação. Se ele abrir, manifestaremos. Se não abrir, faremos uma reunião e, é claro, comemoraremos!!!

Até lá, às 14h de hoje (09/08/2008), na Funarte.

Le Cirque tem alvará de funcionamento revogado

Maus tratos a animais levaram a administração de Brasília a revogar o alvará de funcionamento do circo Le Cirque, instalado há duas semanas no estacionamento do estádio Mané Garrincha. Um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) levou o administrador Ricardo Pires a tomar a decisão. O circo não conseguiu autorização das autoridades ambientais brasilienses para usar leões, macacos, ursos, elefantes e outros animais nos espetáculos que aconteciam de terça a domingo. Em 2006, o Le Cirque já havia sido multado em Brasília pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A promotora Kátia Lemos, da 4º Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente do MPDFT, lembrou a administração da cidade de uma decisão de maio de 2007 do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). O documento, assinado pela juíza substituta Luciana Ramos, determina que a DF só expeça alvará de funcionamento para circos que exponham animais com um relatório de vistoria da secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma).

A Seduma foi consultada, mas negou a permissão através do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). "Como não temos uma área com atribuições para esse tipo de vistoria, pedimos o auxílio de técnicos do Ibama", relata o gerente de Controle, Planejamento e Operações do órgão, Juraci Mendonça. "Na vistoria os técnicos observaram que os animais realmente sofrem maus tratos. Muitos estão confinados em espaços pequenos, outros acorrentados e claramente sofrendo", detalha o gerente de Licenciamento Ambiental e dos Recursos Hídricos André Normando Bubenick. O relatório entregue pelo Ibama apresenta pareceres técnicos mostrando que vários animais estão fora de seu peso ideal, com dentes faltando e aparência de abatimento.

O Le Cirque conseguiu a autorização para operar em Brasília no dia 09 de julho. "Eles já tinham pago todas as taxas e apresentado a documentação necessária. Tínhamos manifestações favoráveis da Defesa Civil, dos bombeiros e da polícia", justifica o administrador de Brasília, Ricardo Pires. "Mas recebemos esse recomendação do Ministério Público, com o qual temos um bom relacionamento, e cassamos o alvará após consulta à Seduma", relata ainda.

A fiscalização ao não funcionamento do circo cabe à Agência de Fiscalização do GDF (Agefis) que interditou o circo. "E vamos ficar atentos, porque se eles desobedecerem hoje (ontem) ou nos próximos dias vamos lavrar o flagrante de desobediência, que pode gerar medidas administrativas e multa", afirma o diretor-geral adjunto da Agefis, Georgeano Trigueiro.

A direção do Le Cirque foi procurada pelo Correio, mas um funcionário da empresa informou que a reportagem não seria recebida. Em outubro de 2006, em outra visita a Brasília, o circo também teve problemas por causa dos maus tratos. Na época o Ibama notificou a empresa e aplicou uma multa de R$ 3,4 mil.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_13/2008/08/08/noticia_interna,id_sessao=13&id_noticia=24237/noticia_interna.shtml

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Próximo ato no Le Cirque:

Nos encontraremos às 14h - mais pontualidade desta vez, heim! - na Funarte (que fica entre o Centro de Convenções Ulisses Guimarães e a Torre de TV, praticamente de frente ao Circo). Levem apitos e compareçam, preferencialmente, com roupas de palhaç@ (nariz vermelho, coisa e tal...).
Arranjamos uma quantidade interessante de madeira para pendurarmos as faixas. O que não temos ainda, mas será bem interessante conseguirmos, são latas de tinta vazias ou panelas velhas para fazermos barulho na hora das apresentações (algumas pessoas panfletarão, outras segurarão cartazes e faixas, outras gritarão, outras discutirão com funcionári@s do circo e outras devem tocar panela/lata de tinta... revezando sempre, é claro!).

Até!

Um pequeno resumo do desastroso histórico desse Circo:

Sua história é repleta de sujeiras, uma ficha policial podre.

25/03/2006 - Funcionários do Le Cirque agridem ambientalistas em São José/SC:
http://0nca.multiply.com/journal/item/98

Ainda em 2006, o Le Cirque foi multado pelo IBAMA por maus-tratos aos animais:http://www.ibama.gov.br/df/index.php?id_menu=97&id_arq=57
http://www.ibama.gov.br/df/index.php?id_menu=97&id_arq=57
http://www.arcabrasil.org.br/noticias/061030_le_cirque.htm
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/10/362684.shtml
http://gato-negro.org/blog/le-cirque-e-multado-em-brasilia/
http://www.abeac.org.br/modules.php?name=News&file=article&sid=501

27/01/2007 - Goiânia: Manifestantes foram proibidas/os de ficarem na calçada do lado do circo, tendo, assim, que protestarem do outro lado da rua: http://prod.midiaindependente.org/pt/blue//2007/01/371881.shtml


Em maio de 2007, o dono do circo foi acusado de mentir, após dizer, em entrevista ao Jornal 'Última Hora News, de Campo Grande - MS, que seu circo era ligado à WWF-Brasil. Fez isso tentando distrair atenção de manifestantes. O fato foi desmentido pouco depois no próprio jornal e na página da Rede Ambientalista:
http://www.ultimahoranews.com/not_ler.asp?codigo=53670
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil/pantanal/pantanal_news/index.cfm?uNewsID=7500

Manifestações contra animais em circos (no Circo 'Le Cirque')

Mais uma vez, assim como em 2006, o Le Cirque veio a Brasília com 'espetáculos' que envolvem
animais. Na última vez, o circo anunciou ficar por pouco tempo, mas acabou ficando por mais três meses, desta vez não deve ser muito diferente.
Sua primeira apresentação foi na noite da última sexta-feira (25/07), como estávamos com muito material (semi-pronto) e um pouco receos@s dos último atos (o Le Cirque sempre mostrou intolerência à discordâncias) acabamos realizando uma curta panfletagem e fomos embora. Na tarde do dia seguinte (Sábado, 26/07), já com um pouco mais de pessoas (14 no total), fomos até lá dispost@s a ficar mais tempo e oferecer maior resistência. O que não foi muito bem recebido pela equipe de segurança do Circo. Tudo começou com o responsável indo nos 'pedir' para mudar de local (sairmos da entrada do circo), o que, por motivos lógicos (o lugar onde estávamos era o melhor para chamar atenção), não foi atendido. Depois de um pouco de 'negociação' e críticas aos nosso materias (faixas e cartazes) feitas pelo responsável do circo; um funcionário, quando ia receber um panfleto (a manifestante não sabia que se tratava de um funcionário), arrancou com seu carro, de forma agressiva, para cima da manifestante e tomou todos os panfletos de suas mãos, o que terminou por causar algumas lesões em seu braço. Essa mesma manifestante agredida teve, em 2006, sua máquina fotográfica extraviada pelos mesm@s seguranças. Na ocasião, quando foi à delegacia registrar ocorrência, foi recebida assim: "mas por que você foi fazer manifestação na porta do circo também, né? Eu também sou a favor da causa animal e contribuo para o Greenpeace. Por que você em vez de ir pro circo não faz o mesmo?".

Desta vez, não foi diferente. Como sempre, tentaram diminuir o caso e nos aconselharam a parar...

Um pouco depois, um outro funcionário do circo, tentou arrancar das mãos de uma outra manifestante uma faixa, o que ele não foi realizado pois mais gente chegou para ajudá-la.
Já no final, um outro funcionário (3º já) ameaçou um manifestante que estava filmando o
ato. Esse fato, felizmente, nós conseguimos gravar. Assistam ao vídeo aqui:
http://br.youtube.com/watch?v=zULjUL95dPE
Nesse mesmo vídeo temos uma imagem do agressor da manifestante, ele é o da direita (de camisa preta, escrito Le Cirque em amarelo nas costas).