terça-feira, 24 de junho de 2008

Julgamento simbólico condena líderes europeus que apóiam as touradas

Genebra, 23 jun (EFE).- Um julgamento simbólico contra líderes políticos europeus e associações profissionais taurinas terminou hoje com um veredicto que os declara culpados e reivindica o fim de todos os tipos de subsídios, nacionais e comunitários, que servem para financiar touradas.

O júri da Corte Internacional de Justiça para os Animais incluiu em sua sentença simbólica um pedido para que sejam fechadas as escolas de tauromaquia e se proíba o acesso dos menores de 16 anos às praças de touro.

Além disso, solicita ao Parlamento Europeu que convoque um plebiscito para que os cidadãos da União Européia possam se pronunciar sobre a abolição dessa prática. A sentença também pede ao Papa Bento XVI que "aplique novamente" medidas "que condenem os jogos taurinos" e que estabeleçam claramente "que os espetáculos sangrentos que são as corridas devem ser" abolidos.

Por apoiar este tipo de atividade, o júri declarou simbolicamente culpados o chefe de Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e seu primeiro-ministro, François Fillón, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, e o ex-presidente português Jorge Sampaio. Este julgamento foi auspiciado pela Fundação suíça Franz Weber, que criou a Corte de Justiça para os Animais em 1979.

Durante a audiência discursaram representantes de organizações espanholas, francesas e portuguesas defensoras dos animais, assim como veterinários, psicólogos infantis, e ex-freqüentadores de touradas. Todos eles apresentaram dados e testemunhos a favor da abolição das touradas, que foram apoiados por vídeos que mostravam momentos de agonia desses animais nas praças.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/06/23/julgamento_simbolico_condena_lideres_europeus_que_apoiam_as_touradas_1384999.html

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Veganismo cresce na Argentina e coloca em alerta criadores de animais

Natalia Kidd Buenos Aires, 16 jun (EFE).
- Os criadores de animais de fazenda e os peleteiros da Argentina estão em alerta pelo que consideram uma onda de ataques de defensores do Veganismo, vegetarianos radicais que lutam contra os maus-tratos e a exploração de animais.

Sua última aparição foi há um mês na elegante rua Florida, no centro de Buenos Aires, onde fizeram pichações e gritaram palavras de ordem contra os negócios de venda de artigos de couro e peles, que nessa época atraem dezenas de turistas.

Os manifestantes também realizaram protestos mais radicais, como libertar galinhas e coelhos de fazendas, queimar um criadouro de chinchilas e invadir lojas de animais de estimação.
"Trata-se de grupos de adolescentes fanáticos, com transtornos psicológicos, agressivos e frustrados", disse à Agência Efe o presidente da Associação de Criadores de Chinchilas, Héctor Aleandri, que lidera a cruzada contra o que considera "terroristas ecológicos".

No extremo oposto, grupos como o Frente de Libertação Animal e a Federação Libertária Argentina dizem que os verdadeiros terroristas são os que semeiam o terror entre os animais.Em seu site chamado Calamidades, Aleandri ressalta que grupos radicais como os veganistas chegam ao extremo de libertar caracóis e enviar cartas-bomba a laboratórios que usam ratos como cobaias.

Os veganistas também fazem sua própria batalha na internet, onde exibem imagens horríveis de animais sendo maltratados e explicam seus princípios.
Além de não consumir carne, ovos, laticínios, mel e drogas desenvolvidas em laboratórios que fazem testes com animais, eles também não comem vegetais expostos a adubos de origem animal, nem usam couro, peles e tecidos de lã e seda natural.

Segundo disseram à Efe integrantes do movimento, a filosofia põe em categoria de igualdade animais "humanos e não-humanos", e por essa razão não aceitam zoológicos, corridas de cavalos, circos com animais e qualquer outra forma de "escravidão".
Na Argentina, a maioria de seus militantes tem menos de 30 anos e pertencentes a vertentes muito diversas, que vão de anarquistas a hare krishnas.

Isso explica as divergências de opinião sobre as chamadas ações diretas que buscam terminar com o "sofrimento animal". No chamado Veganismo é possível observar uma divisão entre os que brigam por um tratamento ético para os animais e os que não admitem nenhum tipo de utilização e submissão dos animais. "O vegetarianismo é uma forma de vida não violenta baseada no respeito à vida.

Só estamos a favor das ações legais, nos expressando de acordo com a lei", disse à Efe Manuel Alfredo Martí, da União Vegetariana Argentina. O grupo Anima Naturalis também optou por formas legais de protesto, como uma campanha que acaba de ser lançada na Argentina contra o uso de peles, o que para os partidários de ações mais diretas é um fiasco. Os mais moderados "promovem uma lenta mudança nas condições em que se cria e mata os animais. Isso é uma hipocrisia pois se falamos de vidas, é necessária e urgente uma ação direta contra as injustiças feitas sobre os animais inocentes", disse a jovem Jill.

A jovem é consciente de que sua postura coloca seu grupo em uma certa marginalidade, mas defende uma mudança de consciência sobre os hábitos que "afetam não só os demais animais, mas também o próprio ser humano e a Terra". "O povo acredita que somos poucos, mas somos muitos, ativos, alertas e presentes em nossa causa.
O movimento veganista acaba de começar. Não vamos parar até que todas as jaulas estejam vazias e sejam destruídas", explica Jill.Aleandri defende que leis anti-discriminação sejam aplicadas, já que os granjeiros e peleteiros são discriminados pelo fato de trabalharem com animais.

"É difícil libertar animais aqui, te esperam com uma escopeta", disse à Efe um veganista que preferiu não se identificar. EFE nk/rr

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/06/16/veganismo_cresce_na_argentina_e_coloca_em_alerta_criadores_de_animais_1364126.html

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Verdes radicais representam risco para os negócios

http://jbonline.terra.com.br/editorias/economia/papel/2008/06/01/economia20080601007.html


Estudo da Ernst & Young mostra que o veganismo está entre os 10 maiores problemas que afetam as vendas de um produto

Leda Rosa

São Paulo

Valeska Velloso, advogada de 32 anos, moradora de Ipanema, lê o rótulo de qualquer produto novo antes de usar. Na dúvida, liga para a empresa. Se houver um único item de origem animal, Valeska avisa à atendente que lamenta mas não voltará a comprar o produto enquanto a substância constar na composição. Valeska é uma típica radical greening, consumidor detectado pelo estudo Os 10 maiores riscos para os negócios, da consultoria Ernst & Young.

Na pesquisa, os verdes radicais e suas exigências socioambientais são ao mesmo tempo ameaça à fartura nas vendas e demanda por mudanças estruturais em fórmulas e linhas de produção. Conforme a capacidade de cada empresa em se adequar às suas exigências, este cliente meticuloso deixa de ser risco para se tornar oportunidade de ampliar o negócio, como já perceberam inúmeras companhias que estão apostando na reformulação de seus produtos para ampliar o leque de consumidores.

O estudo entrevistou mais de 70 analistas em todo mundo para identificar as novas tendências e incertezas dos negócios nos próximos cinco anos. Foram analisados 12 setores da economia – automotivo, bancos, mercado de capitais, biotecnologia, bens de consumo, seguro, mídia e entretenimento, óleo & gás, farmacêutico, imobiliário, telecomunicações e utilidades.

O resultado foi uma lista com os 10 maiores riscos para os negócios, na qual os verdes radicais ocupam a nona posição. Entre as áreas pesquisadas, três se mostraram mais vulneráveis aos ambientalistas: óleo & gás, automobilismo, mercado de capitais, utilidades (indústria de transformação) e imobiliário. Mas a cobrança tem caráter restrito.

– É uma tendência irreversível, que faz aumentar o consumo de alimentos orgânicos e sucos naturais, busca carros mais econômicos, prioriza eletrodomésticos com menor consumo de energia e vê com reticências o álcool brasileiro se ele vier da Amazônia – diz Joel Bastos, diretor de sustentabilidade da Ernst & Young.

– Assim que descobrimos que um produto contém componente animal, avisamos a toda comunidade vegana, seja pela Internet e no boca-a-boca – diz Valeska, que divulga ainda o que sabe ao público da feira de produtos orgânicos que acontece aos sábados no bairro da Glória. – Também escrevemos para os serviços de atendimento ao consumidor (SAC) das empresas, cobrando o fim dos testes em animais e acompanhamos se estão tomando providências.

Segundo Valeska, o objetivo dos veganos não é renunciar ao consumo, mas exigir novas práticas.

– Queremos que adotem posturas mais éticas, porque o problema com os animais envolve todo o meio ambiente.

Mas, em muitos casos, pela restrição das opções do mercado, os veganos acabam optando por empresas que não se alinham totalmente com sua filosofia.

– Como é muito difícil encontrar empresas 100% veganas, ou seja que só comercializam produtos vegetais e não fazem testes em animais, optamos por corporações amigas dos veganos, com produtos 100% vegetais e que não pratiquem testes – diz a funcionária pública federal Anna Marcia, de 28 anos, moradora da Tijuca.

Vegana há cinco anos, a funcionária pública Laura Kim Barbosa, de 36 anos, percebe uma evolução na oferta de produtos nos últimos dois anos.

– Agora tem doce de leite, chocolate, linguiça e até salsicha.

Otimismo

Mas a opção não é consenso. – Tento minimizar meu incentivo de consumidor de produtos de empresas que mantêm práticas abusivas contra os animais – diz David Turchick, economista de 25 anos que mora em São Paulo. – Acho que nosso foco deve ser o público, não as empresas, porque produzem para atender à demanda. Mas sou otimista. Acho que o movimento pelo direito dos animais é uma luta que se vence neste século.

Segundo o levantamento da Ernst & Young, a busca não é exclusiva dos veganos nem do Brasil.

– Há tendências apontadas como a busca por imóveis que priorizam a economia de energia e de água e bens de consumo fabricados e utilizados com respeito ao meio ambiente entre outros – diz Bastos.

Para ele, um dos pontos mais importantes do levantamento é o que mostra o risco como o embrião da oportunidade.

– As dificuldades que as empresas teriam estão diretamente relacionadas à capacidade de alterar seus produtos ou meios de produção de tal forma que possam atender aos ‘novos’ consumidores – completa.

[ 01/06/2008 ] 02:01


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Elefante mata tratador em Bangladesh

Qui, 05 Jun, 11h03

DACA (Reuters) - Um elefante de circo pisoteou até a morte seu treinador no sudeste de Bangladesh e depois correu por uma rodovia, assustando as pessoas, disse a polícia do país na quinta-feira.

Segundo as forças de segurança, tudo começou quando o treinador atingiu o animal na cabeça com uma barra de ferro depois de o elefante ter resistido a caminhar por sobre uma ponte, perto da cidade de Barishal (280 quilômetros ao sul da capital do país, Daca), na quarta-feira.O elefante integrava um grupo de três animais dessa espécie que era levado para realizar uma apresentação em um circo, disse o chefe de polícia.Após esmagar o treinador, o elefante descontrolou-se e saiu correndo por uma estrada, onde o trânsito ficou interrompido por mais de duas horas até que o animal fosse preso a correntes.Cerca de cem dos 400 elefantes de Bangladesh vivem em cativeiro, sendo utilizados por circos, agências de trabalho e madeireiras legalizadas.Em média, cerca de 20 pessoas são mortas por elefantes selvagens no país, todos os anos, um número que vem aumentando devido à devastação das florestas.
(Reportagem de Nizam Ahmed)