sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Primeiro de Novembro - Dia Mundial Vegano

Em 1888, a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea, dando um fim oficial à escravidão negra no Brasil. Durante vários séculos, foi considerado normal explorar pessoas que fugiam do padrão adotado pela sociedade, a pele branca. A presença de alta quantidade de melanina na pele era o critério adotado para que uma pessoa recebesse o estatuto de propriedade, sujeita a qualquer forma de uso por seu senhor. Quem fugia deste padrão recebia o rótulo de “inferior”, indigno de respeito ou consideração. Trabalhos forçados, tortura, estupro e assassinato de quem possuía grande quantidade de melanina na pele foram permitidos legalmente e aceitos socialmente. Esforços do movimento de direitos humanos conseguiram conscientizar a população e mudar este quadro. Apesar do racismo persistir até hoje, não é mais válido que a cor da pele seja usada como desculpa para negar a liberdade de uma pessoa.


Abolimos a escravidão negra, mas não eliminamos o escravismo de nossas vidas. A escravidão achou um jeito de sobreviver, nos enganando à adoção de outro critério. Atualmente, é aceito que o não pertencimento à espécie Homo sapiens sapiens seja um bom motivo para estabelecer o estatuto de propriedade a uma pessoa e condená-la à submissão. Convivemos diariamente com a escravidão de animais não-humanos. Os outros animais estão sujeitos a trabalhos forçados, tortura, estupro e assassinato nas mãos dos seres humanos. Quando o desrespeito é imposto a um animal, a resposta é a mesma, seja este um animal humano ou não-humano. No reino animal, o sofrimento é universal. No entanto, o antropocentrismo afirma que a dor e o sofrimento dos outros animais não é tão relevante quanto estas em seres humanos. Na verdade, não há diferença fundamental entre os animais no que diz respeito à sua forma de reação à opressão.
















É verdade que todos os seres vivos, sejam eles plantas, fungos, bactérias, protozoários ou animais, possuem o interesse natural de permanecerem com vida. Entretanto, a ciência nos mostra que há nos animais, em adição a este interesse natural, o interesse senciente. Em algum momento da evolução, nós e os outros seres classificados dentro do reino Animalia fomos agraciados com a habilidade única de sermos sujeitos de uma vida. Todos os animais são iguais na propriedade de consciência e na capacidade de experimentar sensações, e estas características nos unem no desejo de viver livre de opressão. A senciência pode variar em maior ou menor grau entre suas diversas espécies, mas está presente em todos os animais.


Mas assim como todo animal, precisamos de alimento, de abrigo e de proteção, e isso nos obriga a tirar vidas. Entretanto, nosso onivorismo, em conjunto com nossa ética, nos dá o poder de escolher qual vida devemos tirar, a de um ser não senciente, dotado apenas do interesse comum a todos, ou a de um ser senciente, dotado de um interesse senciente adicional. O princípio ético do menor mal nos obriga a escolhermos o primeiro e pouparmos o segundo. A despeito disso, muitas vezes escolhemos retirar a vida de um animal, por motivos que não podem ser validados eticamente.


É dito que somos “superiores” por possuirmos inteligência e racionalidade. Entretanto, além disto não ser motivo suficiente, este não é um fato. Crianças recém nascidas e seres humanos com incapacidades mentais severas não possuem a inteligência ou a racionalidade de um gorila, capaz de até mesmo aprender a linguagem humana de sinais, mas isto não nega o pertencimento destas pessoas à comunidade moral. Contraditoriamente, ao mesmo tempo em que não medimos esforços para a proteção de crianças, ignoramos seres com tanta ou maior capacidade cognitiva quanto elas. A verdade não pode ser escondida: o único motivo utilizado para justificar o uso dos outros animais é o de não pertencerem à nossa espécie, um motivo tão arbitrário quanto a cor da pele. Esta forma de discriminação é denominada especismo, e é tão condenável quanto qualquer outra forma de preconceito. A exemplo dos direitos humanos, o movimento de direitos animais busca mudar esse paradigma.


Seres humanos usufruem dos espólios da escravidão animal. Nos alimentamos com escravidão, nos vestimos com escravidão, praticamos experimentos com escravidão, e nos divertimos com escravidão. Somos nós que escravizamos – cada indivíduo entre nós. Somos nós que construímos a estrutura que permite que a foice escravagista ceife vidas. Ao consumirmos produtos oriundos de exploração animal, estamos dando nossa aprovação para que estas práticas continuem. Nós podemos fazê-las cessarem, se assim desejarmos. Nossa união pode dar fim às jaulas, a todas elas, seja onde forem. Veganismo é a recusa de qualquer prática derivada de opressão animal, através do vegetarianismo estrito e do boicote a indivíduos e organizações que usam animais para qualquer fim. Veganas e veganos decidem fazer parte de um mundo novo, justo e igualitário, onde qualquer suposta “superioridade” é eliminada. Somos iguais, independente de raça ou espécie.


A alforria animal está em nossas mãos. Sonhamos com o dia em que não aceitemos mais que a espécie à qual uma pessoa pertence seja usada como desculpa para negar sua liberdade, um sonho cada dia mais perto de ser realizado. Cada pessoa que se junta à luta pela libertação animal é mais um tijolo nas muralhas que nos separam das prisões do preconceito. Eu eliminei a escravidão de minha vida, e você também pode. Ajude a construir a liberdade. Tenha um feliz Dia Mundial Vegano.


Dano

Coletivo Madu

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Com cérebro de "semente de gergelim", abelha conta só até quatro

27/10/2008 - 13h26

Com cérebro de "semente de gergelim", abelha conta só até quatro

da Reuters, em Sydney

Pesquisadores descobriram que abelhas podem contar até quatro, divulgou a rádio ABC (Australian Broadcasting Corporation).

Reprodução
Abelhas têm capacidade de contar somente até quatro, indica estudo realizado na Universidade de Queensland, na Austrália

Abelhas têm capacidade de contar somente até quatro, indica estudo realizado na Universidade de Queensland, na Austrália

Um cientista da Universidade de Queensland, na Austrália, pôs cinco marcadores dentro de um túnel e colocou néctar em um deles. As abelhas que entraram no túnel voaram até a marca com o néctar, e continuaram fazendo a mesma coisa após a retirada do líquido.

"Percebemos que, se você as treina para ir à terceira marca, elas vão focar na terceira marca. O mesmo vale para a quarta marca", diz Mandyam Srinivasan. "Mas sua habilidade em contar parece ir apenas até aí. Elas não contam além de quatro."

"Quanto mais olhamos para essas criaturas que têm um cérebro do tamanho de uma semente de gergelim, mais impressionados ficamos. Elas realmente têm muitas capacidades que atribuímos apenas ao ser humano, tido como superior."

A pesquisa foi conduzida em parceria com a cientista sueca Marie Dacke.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u460878.shtml


Abelha inteligente!!!!! =)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

CONTRA A LEI AROUCA!!

Considerada retrógada em relação às leis similares no restante do mundo desde sua primeira proposta (em 1995), a Lei Arouca, que propõe a regulamentação de procedimentos com uso de animais em experimentos científicos, foi aprovada dia 09 de setembro como resposta ao forte lobby de empresas ligadas à indústria farmacêutica no mundo todo.

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/10/429808.shtml


Liga pela Abolição da Pesquisa em Animais

I-meio que recebi:

Olá, amigos!

Estou ajudando a divulgar um trabalho incrível que interessa a todos que quiserem saber um pouco mais sobre os bastidores dos laboratórios de pesquisa, há século inacessível às pessoas comuns.

A finalidade é começar um trabalho educativo, abrindo espaço para discussão sobre um tema que infelizmente tem interessado muito mais às autoridades que permaneça obscuro do que seja efetivamente levantado pelos cidadãos. Não te contaram e não vão te contar tudo o que está além dos supostos benefícios das pesquisas vivisseccionistas, mas agora você tem a oportunidade de se informar e se posicionar sobre o tema. Acaba de ser inaugurado o blog da LAPA - Liga Pela Abolição da Pesquisa em Animais, formado por verdadeiros conhecedores do assunto: cientistas, professores, biólogos, médicos, os quais resolveram "botar a boca no trombone" para mostrar que a ciência pode avançar muito mais sem a crueldade e o jogo de interesses que ronda o mundo da pesquisa com cobaias. Métodos inovadores, mais baratos, mais eficazes estão disponíveis no mercado, mas saiba porque pouco interessa sua utilização. Leiam o primeiro artigo elaborado por esses especialistas e visite o blog, participe dos debates! ´Você pode contribuir para mudar o mundo cruel e corrupto em que vivemos!

http://lapabrasil.blogspot.com/