quarta-feira, 3 de junho de 2009

APROVADO NA CÂMARA PROJETO CONTRA CIRCOS COM ANIMAIS NO BRASIL!!! \o/

Hoje, 3/6/2009, foi aprovado por unanimidade o projeto que proíbe apresentações de animais em circos no Brasil! Veja mais detalhes aqui:

http://www.camara.gov.br/Sileg/Prop_Detalhe.asp?id=329678

"O circo moderno, na forma como conhecemos hoje, com espetáculos pagos, picadeiro, cobertura de lona e cercado de arquibancadas, é invenção mais recente. Foi criado em 1770, por Philip Astley, suboficial inglês que comandava apresentações da cavalaria. Em seu circo, além das atrações com cavalos, Astley incluiu saltimbancos e palhaços. O enorme sucesso do espetáculo em Londres inspirou a criação de apresentações semelhante em toda a Europa e para além dos limites do Velho Mundo."


"Nos Estados Unidos, primeiro país das Américas a receber essa atração, o circo consolidou sua característica itinerante, ao viajar por distintas cidades para fazer apresentações. Também nos Estado Unidos, o espetáculo consagrou a apresentação do que se consideravam excentricidades – mulheres barbadas, anões, gigantes, gêmeos siameses, pessoas muito velhas e deformações humanas e animais."


"No Brasil, há registro da existência de pequenos espetáculos circenses a partir do final do século XVIII, provavelmente trazidos por ciganos expulsos da Europa. Em suas apresentações, esses artistas utilizavam doma de animais, números de ilusionismo e até teatro de bonecos. O circo moderno, no entanto, só chegou ao País no século XIX. Incentivadas pelos ciclos econômicos do café, da borracha e da cana-de-açúcar, grandes companhias européias vieram apresentar-se nas cidades brasileiras. Foram essas companhias que ajudaram a formar as primeiras famílias de circo, responsáveis pelo progresso da arte circense no Brasil."


"O desenvolvimento do circo brasileiro não se deu em termos de espaços e equipamentos – concentrou-se no elemento humano, na sua destreza e habilidade. Foram mantidos números clássicos, como o do engolidor de fogo ou o da corda bamba, e criadas novas atrações adaptadas à cultura local. Os nossos palhaços, por exemplo, sempre falaram muito e usaram um tipo de humor mais malicioso, diferentemente do palhaço europeu, que era, por tradição, um mímico. Os números perigosos como o trapézio ou a doma de animais também ganharam mais espaço por agradar muito aos brasileiros. "


"O circo que conhecemos é, portanto, fruto da evolução da arte circense. Esse espetáculo tradicional, familiar, composto de palhaços, belas trapezistas, mágicos e domadores, que povoou a infância de muitos e ocupa espaço na memória nacional, passa, no presente, por novas mudanças, seguindo o seu curso de evolução."


"O surgimento dos grandes centros urbanos, o desenvolvimento tecnológico, o crescimento da economia da cultura, a concorrência de novas formas de entretenimento levaram os espetáculos circenses a se profissionalizar e a se concentrar na performance dos artistas."


"Nesse novo cenário, o conhecimento circense não se transmite somente de pai para filho – exige preparo em escolas especializadas. Hoje são poucos os circos que continuam familiares. Muitos donos de empreendimentos circenses que atuaram nos picadeiros preferem zelar para que seus filhos estudem e permaneçam no circo não como artistas, mas como administradores."


"A mudança nos valores e no perfil da nossa sociedade, cada vez mais urbana, tem criado uma demanda mais sofisticada e mais cosmopolita para a arte. Para adaptar-se aos novos tempos, os circos já vêm incorporando tentativas de desenvolver um diferente tipo de espetáculo que envolva novas linguagens além das atrações tradicionais."


"O circo contemporâneo – ou novo circo, como alguns historiadores o chamam – apresenta um modelo que prospera atualmente, conhecido como circo do homem, por envolver somente a figura humana nas performances, excluindo a participação de animais. Seu formato, ainda em processo de desenvolvimento, representa uma tentativa de adaptar as artes circenses às exigências do mercado artístico contemporâneo, de fazê-lo acessível a todos os públicos, respeitando os valores sociais, sem deixar de cumprir os objetivos primordiais do circo: proporcionar alegria, ilusão e fantasia, em favor do entretenimento."


"Vários circos internacionais, como o Cirque du Soleil, do Canadá, e o Circo Oz , da Austrália, adotam essa nova abordagem artística, que não admite o uso de animais, cedendo espaço para as performances humanas. No Brasil, muitos circos orientam-se por essa concepção, como o Circo Popular do Brasil, a Intrépida Trupe, os Irmãos Brothers, o Circo Roda Brasil, o Teatro de Anônimos, entre tantos outros. Esse novo modelo tem contribuído para a valorização do artista circense, criando um mercado promissor e altamente competitivo para esse profissional, com a remuneração associada à sua habilidade e ao grau de dificuldade da exibição."


"Dessa forma, julgamos que a interdição do uso de animais nos espetáculos não trará prejuízos a atividade circense. O circo, como produto dos homens, como manifestação cultural, sujeitou-se a constantes transformações ao longo da história. Houve tempos em que explorar o sofrimento humano como espetáculo foi legítimo. Entreter com desfiles de escravos, lutas de gladiadores, leões devorando cristãos, exibição de pessoas com grave deficiência física já foi natural e socialmente aceito. Em determinado momento histórico, isso passou a ser inadmissível. O circo, contudo, sobreviveu a essa mudança sem perder a capacidade de encantar. Da mesma forma, sobreviverá à proibição do uso da dor animal como entretenimento, já que tal atitude encontra cada vez menos espaço em nossa sociedade. "


quinta-feira, 30 de abril de 2009

O nome da gripe é Smithfield Foods

Do blog Diário Gauche:

http://diariogauche .blogspot. com/2009/ 04/o-nome- da-gripe- e-smithfield- foods.html

Quarta-feira, 29 de Abril de 2009

O nome da gripe é Smithfield Foods


É a doença originada do agronegócio internacional

Eu sempre insisto aqui neste blog Diário Gauche que o nome que se dá a coisas, objetos, projetos, episódios e até a doenças é muito importante.

Vejam o caso dessa epidemia mundial de gripe viral. Estão chamando-a – de forma imprópria – de gripe suína. Nada mais ideológico. Nada mais acobertador da verdade.

O vírus dessa gripe se originou da combinação de múltiplos pedaços de ADN humanos, aviários e suínos. O resultado é um vírus oportunista que acomete animais imunodeprimidos, preferencialmente porcos criados comercialmente em situações inadequadas, não-naturais, intensivas, massivas, fruto de cruzamentos clonados e que se alimentam de rações de origem transgênica, vítimas de cargas extraordinárias de antibióticos, drogas do crescimento e bombas químicas visando a precocidade e o anabolismo animal.

Especulações científicas indicam que o vírus dessa gripe teve origem nas Granjas Carroll, no Estado mexicano de Vera Cruz. A granja de suínos pertence ao poderoso grupo norte-americano Smithfield Foods, cuja sede mundial fica no Estado de Virgínia (EUA).

A Smithfield Foods detém as marcas de alimentos industriais como Butterball, Farmland, John Morrell, Armour (que já teve frigorífico no RS e na Argentina), e Patrick Cudahy. Trata-se da maior empresa de clonagem e criação de suínos do mundo, com filiais em toda a América do Norte, na Europa e China.

Deste jeito, pode-se ver que não é possível continuar chamando a gripe de “suína”, pois trata-se de um vírus oportunista que apenas valeu-se de condições biológicas ótimas – propiciadas pela grande indústria de fármacos, de engenharia biogenética, dos oligopólios de alimentos e seus satélites de grãos e sementes. Todos esses setores contribuiram com uma parcela para criar essa pandemia mundial de gripe viral.

O nome da gripe, portanto, não é “suína”. O nome da gripe é: “gripe do agronegócio internacional” – que precisa responder judicialmente o quanto antes – urgentemente – pela sua ganância e irresponsabilidade com a saúde pública mundial.

Leia o dossiê sobre a transnacional Smithfield Foods aqui (em inglês).

Efeitos globais do bife brasileiro

Scientific American Brasil
edição 82 - Março 2009

Efeitos globais do bife brasileiro
Desmatamento para pastagens na Amazônia é responsável por aproximadamente 50% dos gases de efeito estufa no país

por Igor Zolnerkevic

http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/efeitos_globais_do_bife_brasileiro_imprimir.html

PADRÃO DE OCUPAÇÃO da terra no Brasil se repete na Amazônia: derrubada da floresta e implantação da pecuária como forma de legitimação.

O maior rebanho bovino do mundo pertence ao Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) sugerem um número total de 170 a 207 milhões de cabeças de gado – quase ou mais que um boi por habitante. O Brasil é um caso muito importante de impacto ambiental da produção de gado de corte. O relatório de 2006 “A Longa Sombra do Gado de Corte”, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cita o Brasil muitas vezes e chama a atenção para as peculiaridades do país.Enquanto em países desenvolvidos a maior parte dos gases de efeito estufa (GEE) vem do setor energético, a mais recente estimativa divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com base em dados de 1994, revela que 55% a 60% das emissões brasileiras resultam do desflorestamento, geralmente para abertura de novas pastagens.De fato, não existe um estudo científico preciso do volume dos GEE do desmatamento que se deve à formação de pastagens, justifica Paulo Barreto, pesquisador do Instituto Imazon, em Belém, no Pará. É possível, no entanto, estimar uma ordem de grandeza. Se 75% a 80% do desmatamento na Amazônia são devidos à abertura de pastagens, então, só esse processo, na Amazônia, responde por 41% a 48% das emissões de GEE brasileiras.Somando a esse número as emissões da atividade do gado de corte em si – segundo estudos recentes, algo como 9% das emissões totais do país – conclui-se que direta ou indiretamente a carne bovina produz em torno de 60% dos GEE do Brasil. Isso é mais que o triplo da média global, que o relatório da FAO estima em 18%.

ALÉM DA liberação de gases no processo digestivo, a pecuária também contribui com o efeito estufa pela derrubada de florestas

Pressão Externa
Com base no relatório da FAO, apareceram notícias, principalmente na mídia européia, estimando que 1kg de carne bovina brasileira produz 45kg de CO2-equivalente, enquanto a européia registra entre 15 kg e 25 kg de carbono por 1kg de carne, diz Matheus de Almeida, mestrando em economia aplicada na Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq-USP). Para ele “o setor produtivo nacional teme boicotes e barreiras tarifárias”.

Almeida integrou uma equipe coordenada por Sérgio De Zen, da Esalq, que produziu no ano passado um relatório sobre os impactos ambientais e as emissões de GEE da pecuária de corte brasileira. O relatório foi encomendado pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), que representa pecuaristas de grande porte. O relatório concentrou-se em fontes de GEE como o metano, emitido durante a digestão dos animais.

Os comportamentos estão mudando no meio pecuarista. Magda Lima, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, interior de São Paulo, relata: “Antes tínhamos de falar com os produtores com muito cuidado sobre esse assunto”. Segundo ela, soava como insulto dizer que “o gado emite metano”. Magda Lima coordena a redação de outro relatório sobre emissões de GEE da pecuária nacional que será concluído ainda este ano. Essa pesquisa reflete “uma pressão externa para reduzir as emissões, e precisamos ajudar o setor produtivo nessa tarefa,” argumenta ela.

O relatório da Esalq cita um estudo de De Zen, Lima e colaboradores – publicado em 2007– projetando o impacto ambiental do rebanho brasileiro para 2025, com base nas taxas atuais de melhoramento da produção de carne bovina nacional. A conclusão foi que, embora o rebanho futuro deva ser 7% maior que o atual, a produção de carne aumentará em 25%, enquanto as emissões de metano, o principal GEE da pecuária, crescerão apenas 3%.

CONSÓRCIO ENTRE floresta e pastagens, capaz de amenizar impacto ambiental da pecuária ainda não tem aceitação no campo

Almeida justifica essa conclusão pela sofisticação do agronegócio: “A pecuária está deixando o estágio de subsistência e de investimento em longo prazo. Antes não havia a preocupação de ser o mais eficiente possível. Agora existem empresários tomando conta do setor”, justifica. “Se a pecuária continuar a evolução que vem mostrando nos últimos anos, há espaço para ganho de peso, redução da idade de abate, aumento da taxa de prenhez e aproveitamento de carcaças”. E a produção de carne deve crescer mais que o aumento proporcional do rebanho, prevê.

Confinamento
Mesmo com a expectativa de que as emissões de GEE se estabilizem, é preciso reconhecer que os índices atuais já são críticos e devem diminuir, consideram pesquisadores que atuam nessa área. Para atingir esse resultado, tanto o relatório da FAO como especialistas nesse segmento recomendam políticas públicas para incentivar a mudança do sistema predominante no Brasil, a criação extensiva, com o gado solto no pasto. A opção é pelo sistema de confinamento.

Pesquisadores brasileiros, no entanto, questionam a base econômica e ambiental dessa alternativa. “No Brasil, grandes grupos fazem confinamento de gado e têm prejuízos”, diz Almeida. Argumenta que “além do custo de implantação – estender cercas, construir cochos para alimentação e tudo o mais – é necessário um capital de giro elevado para manter um grande estoque de ração, em torno de 10 kg/dia por animal”. Economicamente não é possível, na avaliação de Almeida, propor confinamento a pecuaristas com rebanhos inferiores a 50 cabeças.

“Queremos acreditar que o confinamento seja um sistema sustentável, mas é preciso verifi car o balanço dos gases, o quanto entra e sai”, observa Lima. O relatório da Esalq aponta, por exemplo, que a ração à base de grãos de soja para o animal confinado, rica em proteína, aumenta a liberação de óxido nitroso (NO2), gás que contribui 296 vezes mais para o efeito estufa que o dióxido de carbono. “O confinamento pode ser adotado como solução para pequenas regiões produtivas, onde o sistema de produção de gado não tem alternativa viável”, diagnostica o relatório.

Alternativas
Aumentar a eficiência da criação extensiva com a melhoria de qualidade das pastagens é a alternativa mais imediata ao confinamento, sugere o relatório da Esalq. Com pastagens de melhor qualidade é possível adensar o número de cabeças por unidade de área, ou seja, criar mais gado em menos espaço e assim reduzir os GEE em 10%. “Algumas regiões de produção têm densidade de 0,5 animal por hectare, quando o ideal deve ser 1,2 animal por hectare”, avalia Almeida. Essa relação, acredita ele, é uma forma de elevar a produtividade, com resultados positivos para produtor e ambiente.

Mas essa relação mais eficiente demanda investimentos para reformulação e manutenção das pastagens, identifica o pesquisador, para quem “a maioria dos produtores não cuida de suas terras por falta de recursos”. Ao menor sinal de aperto financeiro, no diagnóstico do pesquisador, os produtores negligenciam a qualidade das pastagens, “até mesmo com uso do fogo, que não só degrada o solo como deprecia a propriedade”.

Além de melhorar a qualidade das pastagens, pesquisas em diversos países recomendam mudanças na dieta, fisiologia e até na genética dos rebanhos como forma de diminuir as emissões de metano. O gás é produzido quando bactérias e protozoários, no sistema digestivo do animal, decompõem os resíduos da digestão da celulose. Apenas o melhoramento genético poderia reduzir essas emissões em até 30%.

Nesse esforço de mitigação de gases de efeito estufa, outra alternativa é a integração entre pastagens e floresta, identifica Almeida. A proposta desse sistema silvipastoril é criar o gado em pastagens consorciadas, com árvores cultivadas para a produção de madeira, papel, carvão vegetal, ou apenas para serviços ambientais; função que também permite receitas adicionais. Isso já ocorre em países latino-americanos como Colômbia e Costa Rica. Uma vantagem adicional, nesse caso, é que o consórcio pastagens/florestas permite que as emissões liberadas pela pecuária sejam seqüestradas pelo crescimento das florestas cultivadas. Neste caso, uma fazenda pode ser “neutra enquanto emissora de gases de efeito estufa”, analisa o pesquisador.

Carbono no Solo
Mesmo a pecuária isolada, devidamente manejada, é capaz de seqüestrar carbono atmosférico. Nesse caso, medidas como manutenção de vegetação adequada, faz com que o carbono se agregue à matéria orgânica do solo. Uma pastagem bem manejada pode absorver até uma tonelada de carbono por hectare, indicam as pesquisas de campo. Alguns estudos da unidade da Embrapa de São Carlos sugerem até 12 toneladas por hectare de estocagem de carbono, segundo Almeida.

Dados produzidos pela equipe internacional de cientistas que integram o programa da ONU sobre mudanças climáticas, no entanto, sugerem que o estoque de carbono no solo ocorre por um período curto, em torno de 25 anos. Isso faz com que essa alternativa seja recusada como um verdadeiro sorvedouro de GEE. Outras pesquisas, no entanto, desenvolvidas no Brasil e no exterior, envolvendo solos tropicais, mostram que a estocagem pode acontecer por períodos muito maiores, de até 100 anos.

Assegurar que o carbono fixado no solo retorne à atmosfera em determinado período de tempo é, na realidade, uma generalização grosseira. “Frações de matéria orgânica são mineralizadas em poucas horas, mas outros volumes permanecem no solo por séculos”, avalia Ítalo Guedes, pesquisador da Embrapa Hortaliças, em Brasília. Ele acredita que uma das principais razões para a convenção do clima da ONU ainda rejeitar a fixação de carbono no solo, está na dificuldade de se medir exatamente o quanto um certo tipo de manejo contribui para o sequestro de carbono.

O que ocorre, neste caso, é a incompatibilidade de utilizar uma mesma metodologia tanto para solos de clima temperados como tropicais. “As regiões tropicais têm solos muito mais profun- dos que os das regiões temperadas, conhecidos como latossolos, com estrutura bem estável”, argumenta Guedes. Os latossolos armazenam grandes quantidades de carbono a profundidades superiores a um metro, ou seja, em níveis distintos aos que os métodos convencionais costumam considerar. Se a estocagem for feita em latossolos – que cobrem a maior parte do território brasileiro – os valores acabarão subestimados, mas o carbono não contabilizado será exatamente o mais protegido e estável, assegura o pesquisador da Embrapa.

Novos Dados
Magda Lima, da unidade da Embrapa de Jaguariúna, em complemento às considerações de Guedes, observa que os números sugeridos pelo IPCC e utilizados em projeções de emissões de GEE estão baseados em trabalhos restritos a regiões temperadas. As referências envolvendo a região tropical são escassas. A Embrapa, por exemplo, começou a medir emissões de NO2 e encontrou números diferentes dos sugeridos pelo IPCC, de acordo com a pesquisadora.

Mesmo com o início recente das pesquisas, há 10 anos, o Brasil já é referência em pesquisa de emissões de ruminantes, considera Magda Lima, que também coordena a preparação de relatórios ainda confidenciais sobre as emissões de GEE do rebanho nacional e de seus dejetos. Essas medidas integram um novo levantamento oficial de emissões, que o Brasil entregará ainda este ano à convenção climática da ONU.

O primeiro inventário das emissões brasileiras foi publicado em 2004, com base em dados de 1986 a 1996. O novo contará com dados obtidos com a criação da Rede Agrogases de pesquisa da Embrapa Meio Ambiente, que funcionou de 2003 a 2007. Esse trabalho foi uma espécie de mutirão para medir diretamente as emissões de atividades agropecuárias no Brasil.


Com esse levantamento foi possível obter valores de emissão específicos para o perfil do rebanho nacional, incluindo diferenças entre raças, distinção entre machos e fêmeas e idades, relata a pesquisadora. Ela reconhece, no entanto que ainda há muito trabalho a fazer nessa área. Especialmente porque “a informação varia entre cada um dos estados da federação”. O desafio, acrescenta, “é montar o experimento como ele deve ser”. Apenas medir a emissão de metano não diz nada, adverte. Vários parâmetros devem ser considerados para serem correlacionados. E, às vezes, lamenta a pesquisadora “não há pessoal e equipamento adequados para isso”.

Formação e informação adequadas também são parte dos obstáculos para implementar técnicas como o manejo pastoril e o sistema silvipastoril em escala nacional. Suporte financeiro é importante, mas apenas isso não basta, considera Almeida, da Esalq, para quem a difusão de conhecimento é imprescindível. Para o pesquisador, há muitos trabalhos promissores, mas nem sempre eles estão disponíveis no campo, onde os produtores ainda se valem de recursos arcaicos, entre eles o fogo, na preparação das terras de cultura ou pastagens.

CONCEITOS-CHAVE
- O desmatamento para pastagens na Amazônia é a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa do Brasil. Contribui com aproximadamente 50% do total.

- Desconsiderando o desmatamento, a pecuária bovina brasileira é responsável diretamente por 36% das emissões de gases de efeito estufa restantes do país, ou 9% do total. Emite quase seis vezes mais que o setor de transporte.

- Para reduzir as emissões, pesquisadores recomendam o melhoramento da eficiência do sistema de criação extensivo, principalmente com o manejo adequado de pastagens e a integração da pecuária com a silvicultura.

- O Ministério da Ciência e Tecnologia divulgará este ano um novo inventário oficial das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, com dados inéditos coletados entre 2000 e 2006.

Os editores

PARA CONHECER MAIS
Primeiro inventário brasileiro de emissões antrópicas de gases de efeito estufa – Relatórios de Referência. Disponível on-line em http://www.mct.gov.br/index.php/%20content/view/25441.html

Pecuária de corte brasileira: impactos ambientais e emissões de gases efeito estufa. Sérgio De Zen, Luis Gustavo Barioni, Daniela Bacchi Bartholomeu Bonato, Matheus Henrique Scaglia de Almeida e Tatiana Francischinelli Rittl. Sumário disponível on-line em http://www.cepea.esalq.%20usp.br/pdf/Cepea_Carbono_pecuaria_SumExec.pdf

A pecuária e o desmatamento da amazônia na era das mudanças climáticas. Paulo Barreto, Ritaumaria Pereira e Eugênio Arima. Disponível online em http://www.amazonia.org.br/%20guia/detalhes.cfm?id=297322&tipo=6&cat_id=46&subcat_id=198

O reino do gado – Uma nova fase na pecuarização da Amazônia Brasileira. Roberto Smeraldi e Peter May. Disponível on-line em http://www.%20amazonia.org.br/guia/detalhes.%20cfm?id=259383&tipo=2&cat_id=46&subcat_id=1

Igor Zolnerkevic jornalista científico, já colaborou com publicações como o jornal Folha de S.Paulo e a revista Pesquisa Fapesp. Mantém o blog Universo Físico.

© Duetto Editorial. Todos os direitos reservados.

domingo, 12 de abril de 2009

Os Princípios de Hans Ruesch


Pra quem ainda não conhece, nesse link tem um pouquinho sobre esse médico. Ele ficou conhecido como o "pai da anti-vivissecção" :
http://www.gaepoa.org/site/?m=Artigo&id=23

Princípios de Hans Ruesch

1. A vivissecção (experimentação animal) é condenável tanto do ponto de vista ético quanto daquele médico-ciêntifico.


2. A vivissecção destrói o respeito pela vida e transforma os experimentadores e os seus defensores insensíveis ao sofrimento alheio, também àquele humano. Da crueldade com os animais se passa imperceptivelmente, mas inevitavelmente à crueldade com os seres humanos.

3. A vivissecção não é o método apropriado para a diagnose, o estudo ou a cura das doenças humanas. As diferenças anatômicas, orgânicas, biológicas, metabólicas, histológicas, genéticas e psíquicas entre homens e animais são tais que resultados obtidos nestes últimos são perigosos se aplicados no homem, quanto mais a um doente (catástrofes farmacológicas, erros terapêuticos, etc.)

4. A vivissecção não é uma vantagem para a humanidade, mas unicamente para experimentadores e seus financiadores. A vivissecção tem somente função de álibi, porque até hoje faltam provas estatístico-científicas da sua validade para o progresso da ciência médica para o homem. E como contra, as provas da sua periculosidade são inumeráveis e cientificamente irrefutáveis.


5. As provas em animais criam no público e em primeira linha nos médicos e nos doentes a ilusão de um falso senso de segurança, para quem não se importa em prevenir as doenças e de compreender as causas.


6. A maior parte das doenças de hoje não é de origem orgânica, mas sim psíquica, alimentar, social, ambiental, ecológica ou iatrogênica (causadas pelas terapias prescritas pelos médicos). Todos estes fatores não são reproduzíveis no seu complexo em um animal. Por isto a medicina oficial é incapaz de efetuar verdadeiras "curas"; não sabe curar nem mesmo o comum resfriado, os reumatismos, as artrites, o câncer, nem nenhuma das outras doenças tradicionais, que ao invés conseguiu somente multiplicar, adicionando-lhes uma infinidade de sempre novos danos (AIDS, leucemia, esclerose múltipla, ebola, diversos tipos de herpes, SMON, etc.) contentando-se de combater os sintomas, contribui a esconder as causas das doenças e portanto o modo de prevenir e curar.


7. Uma das tantas vítimas da vivissecção é a assistência sanitária. O desperdício de milhões em inúteis pesquisas prejudicam os fundos necessários para uma adequada assistência hospitalar. Os Estados unidos, que gastam com a vivissecção mais de que qualquer outro país no mundo, deveria ser a nação mais saudável de todas, e ao invés disso, é uma das mais doentes e a esperança de vida dos seus habitantes está em 17° lugar nas estatísticas, atrás de numerosos países subdesenvolvidos que ignoram a experimentação animal. Análogo é o caso da Suíça, que exalta o mais alto consumo de animais de laboratório no mundo em relação à população, mas o estado de saúde física e mental da população está entre os mais deploráveis da Europa: o altíssimo consumo de medicinais é a prova objetiva.

8. Resultados válidos para a saúde humana não são em nenhum caso obteníveis através de provas em animais. A saúde humana depende antes de tudo da prevenção e do estilo de vida individual, as curas são obteníveis apenas mediante a adoção, o desenvolvimento e a integração de uma ou mais das várias disciplinas que o poder médico e petroquímico criam obstáculos ou nunca deram importância porque são pouco rentáveis. A observação clínica, a dietética, a etiologia, o higienismo, a psicoterapia, a homeopatia, o vegetarianismo, a macrobiótica, a acupuntura, a pranoterapia, a urinoterapia, a epidêmiologia, as várias escolas de alimentação natural (Bircher-Benner e outros), a fitoterapia, a oligoterapia, a aromaterapia, a hidroterapia, a helioterapia, a electroterapia, a diatermia, e outras comprovadamente eficazes e além do mais, econômicas.


9. A medicina não deve ocupar-se tanto de sintomatologia local, mas de toda a pessoa do doente no seu complexo psicofísico, baseando-se para isto na observação para descobrir as causas da doença, ao invés de extrapolar ao ser humano experiências veterinárias que no melhor dos casos substituem sintomas agudos com doenças crônicas.


10. A formação do veterinário deve seguir os mesmos princípios humanitários: não mais interventos arbitrários e violentos (envenenamentos, mutilações, etc.), em animais sadios para demonstrar o quanto já se sabe e infligir-lhes doenças que não possuem, mas sim um estudo acurado e um tratamento resguardante de doenças que surgem espontaneamente ou incidentes casuais. Portanto a abolição total da experimentação animal por lei é não somente ensejável mas é também obtenível.

Hans Ruesch

domingo, 5 de abril de 2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vegetariano ganha processo contra o McDonald´s

2/04/09

Um hambúrguer “vegetariano” com cheiro de frango foi o responsável por uma disputa judicial que terminou no pagamento de R$ 2 mil reais por parte da rede de fast-food McDonald´s ao advogado gaúcho Tiago Orengo. A sentença saiu esta semana.

Após descobrir através de um site que o hambúrguer “Veggie Crispy” tinha aroma natural de frango Orengo, que provou o lanche, decidiu entrar na Justiça contra a rede. Na primeira decisão, o juiz deu ganho de causa ao McDonald’s alegando que não havia nenhuma indicação de que o lanche era vegetariano. O magistrado acrescentou que não era possível que “o autor tivesse consumido o sanduíche sem sentir o aroma de frango que o mesmo continha.”

Para o advogado a sentença de primeiro grau foi desrespeitosa e abria um precedente perigoso. “A partir daquela decisão não bastaria mais lermos os conteúdos, rótulos e composições dos produtos. Teríamos, segundo aquele brilhante juiz leigo, que identificar a primeira mordida todos os ingredientes daquilo que consumirmos ou a culpa seria nossa”, defende.

Lançado em 2007, o sanduíche composto por um empanado de legumes, alface americana, tomate e molho blanc era anunciado como “uma ótima opção para vegetarianos”.


Contra o Foie Gras (e todos os outros 'pratos' onívoros)

Animação parte de uma campanha para banir o Foie Gras dos parques da EuroDisney:
http://vimeo.com/3955801

sábado, 28 de março de 2009

53 DICAS PARA VOCÊ ECONOMIZAR ENERGIA E PROTEGER O PLANETA

1. Tampe suas panelas enquanto cozinha

Parece óbvio, não é? E é mesmo! Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar.


2. Use uma garrafa térmica com água gelada

Compre daquelas garrafas térmicas de acampamento, de 2 ou 5 litros. Abasteça-a de água bem gelada com uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira toda vez que alguém quiser beber um copo d'água.


3. Aprenda a cozinhar em panela de pressão

Acredite... dá pra cozinhar tudo em panela de pressão: Feijão, arroz, macarrão, carne, peixe etc... Muito mais rápido e economizando 70% de gás.


4. Cozinhe com fogo mínimo

Se você não faltou às aulas de física no 2º grau você sabe: Não adianta, por mais que você aumente o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, pois a água não ultrapassa 100ºC em uma panela comum. Com o fogo alto, você vai é queimar sua comida.


5. Antes de cozinhar, retire da geladeira todos os ingredientes de uma só vez

Evite o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de uma cebola, uma cenoura, etc.


6. Seja vegana(o)
A produção de galinhas e porcos lança dejetos em solos e lençóis freáticos, enquanto a pesca é uma grande responsável pela desertificação aquática e já levou à extinção diversas espécies aquáticas. Em alguns municípios catarinenses a suinocultura é responsável por mais de 65% da emissão de poluentes. A contaminação das águas superficiais por coliformes fecais em algumas regiões do Sul do Brasil chega a 85% das fontes naturais de abastecimento. A pecuária é, ainda, uma dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Não é piada. Você já sentiu aquele cheiro pavoroso quando você se aproximou de alguma fazenda/criação de gado? Pois é: é metano, um gás inflamável, poluente, e megafedorento. Além disso, a produção de carne demanda uma quantidade enorme de água. Para você ter uma idéia: Para produzir 1kg de carne são necessários 43 mil litros de água potável. O mesmo quilo de soja utiliza 2 mil litros de água, 21,5 vezes menos. Uma dieta vegana mostra respeito para com os outros animais e causa um menor impacto ambiental.


7. Não troque o seu celular

Já foi tempo que celular era sinal de status. Hoje em dia qualquer zé mané tem. Trocar por um mais moderno para tirar onda? Ninguém se importa. Fique com o antigo pelo menos enquanto estiver funcionando perfeitamente ou em bom estado. Se o problema é a bateria, considere o custo/benefício trocá-la e descartá-la adequadamente, encaminhando-a a postos de coleta. Celulares trouxeram muita comodidade à nossa vida, mas utilizam de derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Além disso, na maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento. Utilize suas bugigangas até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos.


8. Compre um ventilador de teto

Nem sempre faz calor suficiente pra ser preciso ligar o ar condicionado. Na maioria das vezes um ventilador de teto é o ideal para refrescar o ambiente gastando 90% menos energia. Combinar o uso dos dois também é uma boa idéia. Regule seu ar condicionado para o mínimo e ligue o ventilador de teto.


9. Use somente pilhas e baterias recarregáveis

É certo que são caras, mas ao uso em médio e longo prazo elas se pagam com muito lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em média 1000 vezes.


10. Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionado

Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.

11. Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes

Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.


12. Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energético

Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).


13. Não deixe seus aparelhos em standby

Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de standby de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.


14. Mude sua geladeira ou freezer de lugar

Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15 cm das paredes para evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar!


15. Descongele geladeiras e freezers antigos a cada 15 ou 20 dias

O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo que gaste mais energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.


16. Use a máquina de lavar roupas/louça só quando estiverem cheias

Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.


17. Retire imediatamente as roupas da máquina de lavar quando estiverem limpas

As roupas esquecidas na máquina de lavar ficam muito amassadas, exigindo muito mais trabalho e tempo para passar e consumindo assim muito mais energia elétrica.


18. Tome banho de chuveiro

E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.


19. Use menos água quente

Aquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria.


20. Pendure ao invés de usar a secadora

Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.


21. Nunca é demais lembrar: recicle

Recicle no trabalho e em casa. Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Existem vários na rede Pão de Açúcar. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).


22. Faça compostagem

Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.


23. Reduza o uso de embalagens

Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.


24. Compre papel reciclado

Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.


25. Utilize uma sacola para as compras

Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.


26. Plante uma árvore

Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde .


27. Compre alimentos produzidos na sua região

Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.


28. Compre alimentos frescos ao invés de congelados

Comida congelada além de mais cara, consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena.


29. Compre orgânicos

Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura 'tradicional'? Se toda a produção de soja e milho dos EUA fosse orgânica, cerca de 240 bilhões de quilos de gás carbônico seriam removidos da atmosfera. Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo.


30. Ande menos de carro

Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.


31. Não deixe o bagageiro vazio em cima do carro

Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro vazio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.


32. Mantenha seu carro regulado

Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.


33. Lave o carro a seco

Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.


34. Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluente

Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos.


35. Use o telefone ou a Internet

A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou skype pode poupar você de estresse, além de economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera.


36. Voe menos, reúna-se por videoconferência

Reuniões por videoconferência são tão efetivas quanto as presenciais. E deixar de pegar um avião faz uma diferença significativa para a atmosfera.


37. Economize CDs e DVDs

CDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos)? Utilize mídias regraváveis, como CD-RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou

FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.


38. Proteja as florestas

Por anos os ambientalistas foram vistos como 'eco-chatos'. Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.


39. Considere o impacto de seus investimentos

O dinheiro que você investe não rende juro sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.


40. Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata

Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro alardeada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?


41. Desligue o computador

Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo e o monitor por até quinze minutos.


42. Considere trocar seu monitor

O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe as instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.

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43. No escritório, desligue o ar condicionado uma hora antes do final do expediente

Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que equivale a quase um mês de economia no final do ano. Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena.


44. Não permita que as crianças brinquem com água

Banho de mangueira, guerrinha de balões de água e toda sorte de brincadeiras com água são sem dúvida divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação, as crianças. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso.


45. No hotel, economize toalhas e lençóis

Use o bom senso... Você realmente precisa de uma toalha nova todo dia? Você é tão imundo assim? Em hotéis, o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia. Trocar uma vez a cada 3 dias já está de bom tamanho. O mesmo vale para os lençois, a não ser que você mije na cama...


46. Participe de ações virtuais

A Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore , que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e aja!


47. Instale uma válvula na sua descarga

Instale uma válvula para regular a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1!


48. Não peça comida para viagem

Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.


49. Regue as plantas à noite

Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas.


50. Freqüente restaurantes naturais/orgânicos

Com o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma gama enorme de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e assim estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente.


51. Vá de escada

Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia elétrica dos elevadores.


52. Faça sua voz ser ouvida pelos seus representantes

Use a Internet, cartas ou telefone para falar com os seus representantes em sua cidade, estado e país. Mobilize-se e certifique-se de que os seus interesses - e de todo o planeta – sejam atendidos.


53. Divulgue essa lista!


quinta-feira, 26 de março de 2009

Apoio a objeção de consciência - PUC MG

Urgência: Vivissecção na PUC Minas

A PUC Minas está se negando a receber cartas de objeção de consciência de seus(suas) alunos(as) do curso de Ciências Biológicas, que se recusam em aprender utilizando animais como objetos didáticos. A objeção de consciência é um direito de todos e todas, previsto na Constituição Federal Brasileira, que diz que quando algo não está de acordo com a nossa ética e consciência, e esta não é obrigatória por lei, ninguém pode nos obrigar a fazê-la. E o uso de animais para o ensino não é obrigatório.

A PUC está infringindo a lei e uma pessoa denunciou ao Ministério Público. O MP marcou uma audiência para a quinta que vem, dia 2/04, às 16h, na Av Raja Gabaglia, 615, 2 andar. O MP irá averiguar a negativa da PUC quanto às cartas de objeção de consciência. Os animais são seres sencientes, com interesses, incluindo os de não serem usados como objetos e propriedade por nós, humanos. Atualmente, temos diversas ferramentas e recursos para aprender sobre Ciências Biológicas, Zoologia, Medicina Veterinária, Psicologia, Medicina Humana, etc, sem submeter animais à morte e dor. A Interniche Brasil é uma rede nacional de estudantes e professores que defende a humanização do ensino superior através da substituição do uso prejudicial de animais (http://www.internichebrasil.org/). Há vários livros brasileiros sobre o assunto, incluindo o "Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação" do biólogo Sérgio Greif. Portanto, o que ainda permanece na academia é o conservadorismo, a falta de diálogo com os alunos, a hierarquia, o autoritarismo...

*Apoie os alunos e alunas*

*Acesse para enviar a carta de objeção de consciência:
http://gato-negro.org/blog/pucminas/#aluno

*Mais informações: contato@gato-negro.org*
http://gato-negro.org/blog/pucminas/

*Textos sobre a "necessidade" e a justificativa moral para a vivissecção*
Autor: Gary Francione
http://www.gato-negro.org/content/view/97/48/
http://www.gato-negro.org/content/view/96/48/

*O que é a objeção de consciência*

A objeção de consciência é um recurso com respaldo legal, contemplado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário: "Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião".

É também um direito fundamentado na Constituição Brasileira, que afirma:
Artigo 3º - (...) IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação;
Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (...), nos termos seguintes:
VI - é inviolável a liberdade de consciência (...);
VIII - ninguém será privado de direitos por motivos de (...) convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

Fonte: CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

terça-feira, 24 de março de 2009

Biolivros


Colegas da biologia, ecologia, nutrição, agronomia e todo mundo que cursa alguma ciência relacionada. Achei um blogue que tem um monte de livros de ciências biológicas completos e gratuitos pra baixar. Tem muita coisa que faz parte do currículo básico e alguns em português. Não gaste dinheiro em livros! Não destrua árvores! Use papel virtual! Estudar sem destruir!

http://bio-livros.blogspot.com

sábado, 21 de março de 2009

Efeitos globais do bife brasileiro

Desmatamento para pastagens na Amazônia é responsável por aproximadamente 50% dos gases de efeito estufa no país
por Igor Zolnerkevic
©VALTER CAMPANATO/ABR

PADRÃO DE OCUPAÇÃO da terra no Brasil se repete na Amazônia: derrubada da floresta e implantação da pecuária como forma de legitimação.

O maior rebanho bovino do mundo pertence ao Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) sugerem um número total de 170 a 207 milhões de cabeças de gado – quase ou mais que um boi por habitante. O Brasil é um caso muito importante de impacto ambiental da produção de gado de corte. O relatório de 2006 “A Longa Sombra do Gado de Corte”, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cita o Brasil muitas vezes e chama a atenção para as peculiaridades do país.

Enquanto em países desenvolvidos a maior parte dos gases de efeito estufa (GEE) vem do setor energético, a mais recente estimativa divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com base em dados de 1994, revela que 55% a 60% das emissões brasileiras resultam do desflorestamento, geralmente para abertura de novas pastagens.

De fato, não existe um estudo científico preciso do volume dos GEE do desmatamento que se deve à formação de pastagens, justifica Paulo Barreto, pesquisador do Instituto Imazon, em Belém, no Pará. É possível, no entanto, estimar uma ordem de grandeza. Se 75% a 80% do desmatamento na Amazônia são devidos à abertura de pastagens, então, só esse processo, na Amazônia, responde por 41% a 48% das emissões de GEE brasileiras.

Somando a esse número as emissões da atividade do gado de corte em si – segundo estudos recentes, algo como 9% das emissões totais do país – conclui-se que direta ou indiretamente a carne bovina produz em torno de 60% dos GEE do Brasil. Isso é mais que o triplo da média global, que o relatório da FAO estima em 18%.

http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/efeitos_globais_do_bife_brasileiro.html

domingo, 15 de março de 2009

Veganismo em pauta no senado

Está tramitando no senado federal uma projeto de lei de autoria do senador Expedito Júnior (PR/RO). Este Projeto de Lei irá obrigar que alimentos e artigos de vestuário venham identificados se há produtos de origem animal na sua composição.

Isso mesmo que você acaba de ler! Esse é o primeiro projeto de lei que cita diretamente o VEGANISMO em seu texto. É momento de união, precisamos aprovar essa lei e pedir emendas que incluam produtos COSMÉTICOS, DE LIMPEZA e HIGIENE, e também daqueles que SÃO TESTADOS EM ANIMAIS. Nunca foi o foco do Gato Negro a aprovação de leis, mas se essa lei for aprovada, simplesmente não precisaremos nos preocupar tanto como preocupamos hoje com a procedência de alimentos e artigos de vestuário (ainda deveríamos pedir para incluir cosméticos e outros produtos). Os produtos não-veganos simplesmente viriam com inscrições CONTÊM PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.

Texto completo do PL: http://legis.senado.gov.br/mate-pdf/55132.pdf

http://www.gato-negro.org/blog

O que fazer?
Assine a lista: http://www.vista-se.com.br/expedito/

Liberte seu computador!


Muita gente gostaria de usar um sistema operacional livre em seu computador, mas não tem idéia de como começar. O grupo Linux no PC lançou ma versão customizada do Ubuntu Linux 8.10, isto é, uma versão personalizada com a intenção de atender aos usuários e usuárias iniciantes. Esta versão vem com todos os repositórios de pacotes (programas, bibliotecas, documentação, ...) já configurados, codecs multimídia instalados, vários programas extra instalados (aMSN, aMULE, Skype, extrator de CDs de áudio, ...), vários plugins para o Firefox (suporte a flash, vídeos em vários formatos, java e adblock), Wine (permite a instalação e execução de programas aplicativos feitos para o Windows®), OpenOffice versão 3 com o corretor ortográfico VERO do BROffice (com suporte ao novo acordo ortográfico, a partir de 1º de janeiro de 2009 mudanças na escrita irão se incorporar à norma culta da língua portuguesa), vários manuais e documentos de dicas gravados na pasta "Manuais", um tema visual bastante agradável e muito mais. Você não precisa nem instalar se não quiser: é possível queimar a imagem em um DVD e rodar o sistema direto do disco! Experimentem!

Baixem aqui!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Primeiros Passos Para o Veganismo - Gato Negro

Pessoal, este é um lançamento do Gato Negro (Grupo Abolicinista de Belo Horizonte) e serve como guia para pessoas que se interessam pelo veganismo e não sabem por onde começar, ou para simplesmente aquelas que têm alguma curiosidade sobre o assunto.

Nas 14 páginas, contém informações sobre direitos animais, o que é o veganismo, testes em animais, como fazer uma transição, receitas, uma sugestão de cardápio vegano, questões sobre saúde, B12, impactos no meio ambiente, perguntas frequentes e sugestões de leitura e filmes.

Este modelo está sendo vendido por R$2,00, para contribuir com as demais atividades do coletivo (mais informações: http://www.gato-negro.org/), mas também está sendo distribuído pela internet. Ou seja, quem puder e quiser doar algum valor, acessei: http://www.gato-negro.org/content/view/14/49/

Aqui o Guia: http://d.scribd.com/docs/2j9rlds7hpmypgh98cy4.pdf (aí é só clicar no disquete para salvar o documento).

Teoria dos Direitos Animais em vídeo (em português)

Pessoal, neste atalho virtual: http://www.abolitionistapproach.com/index.php?page_id=117 vocês encontrarão a Teoria dos Direitos Animais (em português), do Professor Gary Francione, em vídeo. Para quem nunca assistiu, recomendamos com Urgência!!!

quarta-feira, 4 de março de 2009

“Bem-Estaristas” pelos Direitos Animais: Uma Antítese

por Joan Dunayer


Revista Satya

Março de 2005


Tradução: Coletivo Madu


“Sufoquem as galinhas!” Um grito de guerra imaginário, repugnante demais para ser real. No entanto, alguns grupos de proteção animal, como o PETA e o United Poultry Concerns, vêm pedindo que matadouros sufoquem as galinhas até a morte em suas gaiolas de transporte ao invés de deixá-las conscientes enquanto elas são acorrentadas, paralisadas eletricamente, e têm suas gargantas cortadas. O assassinato em massa das galinhas é desnecessário, injusto, e invariavelmente cruel. Pedir que as galinhas sejam sufocadas sugere o contrário. Sugere que o problema é como elas são mortas. Uma campanha por um assassinato menos cruel propõe uma nova forma de cometer assassinato em massa. Tal campanha é “bem-estarista”.


Campanhas “bem-estaristas” estimulam a noção de que animais escravizados e assassinados podem ter bem-estar. Bem-estar genuíno é incompatível com a escravidão, o assassinato e outros abusos, então eu coloco aspas ao redor de bem-estar quando o contexto é malefício especista. Campanhas “bem-estaristas” são contra os direitos. Elas advogam maneiras diferentes de violar os direitos morais dos animais não-humanos. Campanhas denominadas de abate humanitário advogam uma maneira diferente de violar o direito dos animais não-humanos à vida. Campanhas por confinamento menos severo advogam uma maneira diferente de violar o direito dos animais não-humanos à vida.


O PETA pressionou o McDonald's, o Burger King e o Wendy's a exigirem que seus fornecedores de ovos e carne confinem os animais não-humanos menos cruelmente. Estes restaurantes agora especificaram, entre outras coisas, que seus fornecedores de ovos devem aumentar o espaço designado a uma galinha poedeira enjaulada de 48 polegadas quadradas a pelo menos 67. Uma galinha tem o direito moral de não ser confinada nem a 48 nem a 67 polegadas quadradas. Muitas e muitos ativista gritaram “O que nós queremos? Direitos animais! Quando os queremos? Agora!” Com boa razão, nenhuma ou nenhum ativista já gritou “O que queremos? Jaulas um pouco maiores! Quando as queremos? Quando o McDonald's ou outro abusador em massa exigir que seus fornecedores os usem!” Qualquer tentativa de trabalhar com, ao invés de contra, indústrias de abuso animal deve levantar uma grande bandeira vermelha. É moralmente errado explorar um animal não-humano em qualquer quantidade de espaço, dentro ou fora de uma jaula. Essa é a mensagem que protetoras e protetores animais deveriam defender.


Nós não precisamos comer partes dos corpos de galinhas mortas por asfixia ou qualquer outro método. Nós não precisamos comer ovos de galinhas poedeiras cativas em jaulas ou de qualquer outra forma. Nós não precisamos comer alimentos de quaisquer animais não-humanos. Ao invés de clamar por assassinato ou confinamento menos cruel, nós deveríamos promover o veganismo. Simplesmente publicitar a realidade da exploração animal pode levar muitas pessoas a se tornarem veganas. Persuadir as pessoas a adotarem um estilo de vida vegano reduz o número de animais não-humanos que sofrem e morrem. Isso também diminui o apoio público à indústria da carne, da vivissecção e de outras formas de exploração animal, aproximando o dia em que elas sejam banidas.


Algumas e alguns ativistas defendem tanto o “bem-estarismo” quanto o veganismo. Seu “bem-estarismo” impede a difusão do veganismo por insinuar que a exploração animal é inevitável e, portanto, aceitável, enquanto “humana”. Nossa mensagem ao público deve ser clara e consistente: nós não precisamos explorar outros animais; explorá-los é injusto e sempre causa sofrimento. Assim como modelos do veganismo devem aderir ao veganismo em seu estilo de vida, porta-vozes do veganismo devem aderir ao veganismo em seu ativismo. Não faria sentido defender o veganismo em um minuto e defender a produção de carne ou ovos supostamente mais palatável no próximo. Para ter poder total, nossa oposição à exploração animal deve ser consistente.


Nós devemos persistentemente advogar os direitos dos animais não-humanos – ou seja, sua emancipação. “Bem-estaristas” que se chamam de ativistas pelos “direitos animais” destroem o conceito de direitos animais. Elas e eles confundem o público a pensar que o aprisionamento, o assasinato e outros abusos especistas podem ser consistentes com os direitos animais. “Bem-estaristas” substituem o direitos dos animais não-humanos à vida com um “direito” de serem assassinados em menos terror e dor. Elas e eles diminuem o direitos dos animais não-humanos à liberdade a um “direito” a serem injustamente aprisionados em mais espaço. Na verdade, alguém que não possui os direitos mais básicos – à vida e à liberdade – não possuem nenhum direito.


Enquanto advogarmos a emancipação total, nós podemos conquistar emancipações parciais, através de proibições abolicionistas (emancipacionistas). Todas as proibições abolicionistas protegem pelo menos alguns animais de alguma forma de exploração. Eles previnem que os animais entrem na situação exploratória e podem também remover vítimas atuais daquela situação. Por exemplo, uma proibição a elefantes em “apresentações com animais” emancipam os elefantes de circos e outras situações de performance. Uma proibição à caça de ursos previne os ursos de serem machucados ou mortos: previne, ao invés de modifica, seu abuso. Ativistas podem trabalhar por qualquer número de proibições, incluindo proibições a produtos de pelt, fígados gordurosos de aves, a clonagem de animais de estimação e mamíferos marinhos em prisões aquáticas. Por enquanto, proibições abolicionistas não vão emancipar a maioria dos animais não-humanos, mas elas irão emancipar alguns e nos mover na direção correta. Nós não podemos proibir os produtos especistas mais populares (como a carne de peixes, leite de vacas e ovos de galinhas) até que construamos oposição pública a estes produtos.


Enquanto não pudermos alcançar proibições abolicionistas, nós podemos nos engajar em boicotes abolicionistas. Apesar deles não terem a força da lei, boicotes podem ser altamente eficientes. Uma campanha “Boicote aos Ovos” avançaria a emancipação das galinhas. Ao convencer mais pessoas a parar de comprar ovos, diminuiria o número de galinhas que sofrem enquanto aumentaria a oposição à inteira indústria de ovos. Similarmente, um boicote a produtos de cuidado corporal que não são livres de crueldade reduziria a vivissecção e aumentaria a demanda por produtos livres de crueldade. Em adição ao boicote a produtos em particular, ativistas podem boicotar instituições especistas em particular como corrida de cavalos e zoológicos.


“Bem-estaristas” comumente dizem “Eu apóio tudo que reduz o sofrimento animal”. A longo prazo, medidas “bem-estaristas” aumentam o sofrimento porque elas perpetuam a exploração. Considere a Lei de Métodos Humanos de Abate (LMHA). Se você está informada ou informado sobre o que ocorre em matadouros, você sabe que o LMHA falha profundamente em proteger os animais não-humanos. Primariamente, ela aumenta o apoio público ao assassinato ao legitimar a indústria da carne e passar a falsa impressão de que as vítimas são mortas “humanamente”. Medidas “bem-estaristas” são largamente fúteis porque elas deixam os animais nas mãos de seus opressores. Somente medidas emancipativas, que honram os direitos morais dos animais, podem proteger adequadamente os animais não-humanos. Genuíno bem-estar animal requer a liberdade da exploração.


Joan Dunayer é a autora de Animal Equality: Language and Liberation (2001) e o recém lançado Speciesism (2005), ambos da Ryce Publishing.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

50 Consequências Fatais da Experimentação Em Animais

(ou, Porque a Experimentação Animal deve Acabar)


01) Pensava-se que fumar não provocava câncer, porque câncer relacionado ao fumo é difícil de ser reproduzido em animais de laboratório. As pessoas continuam fumando e morrendo de câncer. (2)

02) Embora haja evidências clínicas e epidemiológicas de que a exposição à benzina causa leucemia em humanos, a substância não foi retida como produto químico industrial. Tudo porque testes apoiados pelos fabricantes para reproduzir leucemia em camundongos a partir da exposição à benzina falharam. (1)

03) Experimentos em ratos, hamsters, porquinhos-da-índia e macacos não revelaram relação entre fibra de vidro e câncer. Não até 1991, quando, após estudos em humanos, a OSHA - Occupational, Safety and Health Administration - os rotulou de cancerígenos (1)

04) Apesar de o arsênico ter sido reconhecido como substância cancerígena para humanos por várias décadas, cientistas encontraram poucas evidências em animais. Só em 1977 o risco para humanos foi estabelecido (6), após o câncer ter sido reproduzido em animais de laboratório. (7) (8) (9)

05) Muitas pessoas expostas ao amianto morreram, porque cientistas não conseguiram produzir câncer pela exposição da substância em animais de laboratório.

06) Marca-passos e válvulas para o coração tiveram seu desenvolvimento adiado, devido a diferenças fisiológicas entre humanos e os animais para os quais os aparelhos haviam sido desenhados.

07) Modelos animais de doenças cardíacas falharam em mostrar que colesterol elevado e dieta rica em gorduras aumentam o risco de doenças coronárias. Em vez de mudar hábitos alimentares para prevenir a doença, as pessoas mantiveram seus estilos de vida com falsa sensação de segurança.

08) Pacientes receberam medicamentos inócuos ou prejudiciais à saúde, por causa dos resultados de modelos de derrame em animais.

09) Erroneamente, estudos em animais atestaram que os Bloqueadores Beta não diminuiriam a pressão arterial em humanos, o que evitou o desenvolvimento da substância (10) (11) (12). Até mesmo os vivisseccionistas admitiram que os modelos de hipertensão em animais falharam nesse ponto. Enquanto isso, milhares de pessoas foram vítimas de derrame.

10) Cirurgiões pensaram que haviam aperfeiçoado a Keratotomia Radial (cirurgia para melhorar a visão) em coelhos, mas o procedimento cegou os primeiros pacientes humanos. Isso porque a córnea do coelho tem capacidade de se regenerar internamente, enquanto a córnea humana se regenera apenas superficialmente. Atualmente, a cirurgia é feita apenas na superfície da córnea humana.

11) Transplantes combinados de coração e pulmão também foram "aperfeiçoados" em animais, mas os primeiros três pacientes morreram nos 23 dias subseqüentes à cirurgia (13). De 28 pacientes operados entre 1981 e 1985, 8 morreram logo após a cirurgia, e 10 desenvolveram Bronquiolite Obliterante , uma complicação pulmonar que os cães submetidos aos experimentos não contraíram. Dos 10, 4 morreram e 3 nunca mais conseguiram viver sem o auxílio de um respirador artificial. Bronquiolite obliterante passou a ser o maior risco da operação (14)

12) Ciclosporin A inibe a rejeição de órgãos e seu desenvolvimento foi um marco no sucesso dos transplantes. Se as evidências irrefutáveis em humanos não tivessem derrubado as frágeis provas obtidas com testes em animais, a droga jamais teria sido liberada. (15)

13) Experimentos em animais falharam em prever toxidade nos rins do anestésico geral metoxyflurano. Muitas pessoas que receberam o medicamento perderam todas as suas funções renais.

14) Testes em animais atrasaram o início da utilização de relaxantes musculares durante anestesia geral.

15) Pesquisas em animais não revelaram que algumas bactérias causam úlceras, o que atrasou o tratamento da doença com antibióticos.

16) Mais da metade dos 198 medicamentos lançados entre 1976 e 1985 foram retirados do mercado ou passaram a trazer nas bulas efeitos colaterais, que variam de severos a imprevisíveis (16). Esses efeitos incluem complicações como disritmias letais, ataques cardíacos, falência renal, convulsões, parada respiratória, insuficiência hepática e derrame, entre outros.

17) Flosin (Indoprofeno), medicamento para artrite, testado em ratos, macacos e cães, que o toleraram bem. Algumas pessoas morreram após tomar a droga.

18) Zelmid, um antidepressivo, foi testado sem incidentes em ratos e cães. A droga provocou sérios problemas neurológicos em humanos.

19) Nomifensina, um outro antidepressivo, foi associado a insuficiência renal e hepática, anemia e morte em humanos. Testes realizados em animais não apontaram efeitos colaterais.

20) Amrinone, medicamento para insuficiência cardíaca, foi testado em inúmeros animais e lançado sem restrições. Humanos desenvolveram trombocitopenia, ou seja, ausência de células necessárias para coagulação.

21) Fialuridina, uma medicação antiviral, causou danos no fígado de 7 entre 15 pessoas. Cinco acabaram morrendo e as outras duas necessitaram de transplante de fígado. (17) A droga funcionou bem em marmotas. (18) (19)

22) Clioquinol, um antidiarréico, passou em testes com ratos, gatos, cães e coelhos. Em 1982 foi retirado das prateleiras em todo o mundo após a descoberta de que causa paralisia e cegueira em humanos.

23) A medicação para a doença do coração Eraldin provocou 23 mortes e casos de cegueira em humanos, apesar de nenhum efeito colateral ter sido observado em animais. Quando lançado, os cientistas afirmaram que houve estudos intensivos de toxidade em testes com cobaias. Após as mortes e os casos de cegueira, os cientistas tentaram sem sucesso desenvolver em animais efeitos similares aos das vítimas. (20)

24) Opren, uma droga para artrite, matou 61 pessoas. Mais de 3500 casos de reações graves têm sido documentados. Opren foi testado sem problemas em macacos e outros animais.

25) Zomax, outro medicamento para artrite, matou 14 pessoas e causou sofrimento a muitas.

26) A dose indicada de isoproterenol, medicamento usado para o tratamento de asma, funcionou em animais. Infelizmente, foi tóxico demais para humanos, provocando na Grã-Bretanha a morte de 3500 asmáticos por overdose. Os cientistas ainda encontram dificuldades de reproduzir resultados semelhantes em animais. (21) (22) (23) (24) (25) (26)

27) Metisergide, medicamento usado para tratar dor de cabeça, provoca fibrose retroperitonial ou severa obstrução do coração, rins e veias do abdômen. (27) Cientistas não estão conseguindo reproduzir os mesmos efeitos em animais. (28)

28) Suprofen, uma droga para artrite, foi retirada do mercado quando pacientes sofreram intoxicação renal. Antes do lançamento da droga, os pesquisadores asseguraram que os testes tiveram (29) (30) "perfil de segurança excelente, sem efeitos cardíacos, renais ou no SNC (Sistema Nervoso Central) em nenhuma espécie".

29) Surgam, outra droga para artrite, foi designada como tendo fator protetor para o estômago, prevenindo úlceras, efeito colateral comum de muitos medicamentos contra artrite. Apesar dos resultados em testes feitos em animais, úlceras foram verificadas em humanos (31) (32).

30) O diurético Selacryn foi intensivamente testado em animais. Em 1979, o medicamento foi retirado do mercado depois que 24 pessoas morrerem por insuficiência hepática causada pela droga. (33) (34)

31) Perexilina, medicamento para o coração, foi retirado do mercado quando produziu insuficiência hepática não foi prognosticada em estudos com animais. Mesmo sabendo que se tratava de um tipo de insuficiência hepática específica, os cientistas não conseguiram induzi-la em animais. (35)

32) Domperidone, droga para o tratamento de náusea e vômito, provocou batimentos cardíacos irregulares em humanos e teve que ser retirada do mercado. Cientistas não conseguiram produzir o mesmo efeito em cães, mesmo usando uma dosagem 70 vezes maior. (36) (37)

33) Mitoxantrone, usado em um tratamento para câncer, produziu insuficiência cardíaca em humanos. Foi testado extensivamente em cães, que não manifestaram os mesmos sintomas. (38) (39)

34) A droga Carbenoxalone deveria prevenir a formação de úlceras gástricas, mas causou retenção de água a ponto de causar insuficiência cardíaca em alguns pacientes. Depois de saber os efeitos da droga em humanos, os cientistas a testaram em ratos, camundongos, macacos e coelhos, sem conseguirem reproduzir os mesmos sintomas. (40) (41)

35) O antibiótico Clindamicyn é responsável por uma condição intestinal em humanos chamada colite pseudomembranosa. O medicamento foi testado em ratos e cães, diariamente, durante um ano. As cobaias toleraram doses 10 vezes maiores que os seres humanos. (42) (43) (44)

36) Experiências em animais não comprovaram a eficácia de drogas como o valium, durante ou depois de seu desenvolvimento (45) (46)

37) A companhia farmacêutica Pharmacia & Upjohn descontinuou testes clínicos dos comprimidos de Linomide (roquinimex) para o tratamento de esclerose múltipla, após oito dos 1200 pacientes sofrerem ataques cardíacos em conseq¸ência da medicação. Experimentos em animais não previram esse risco.

38) Cylert (pemoline), um medicamento usado no tratamento de Déficit de Atenção/Hiperatividade, causou insuficiência hepática em 13 crianças. Onze delas ou morreram ou precisaram de transplante de fígado.

39) Foi comprovado que o Eldepryl (selegilina), medicamento usado no tratamento de Doença de Parkinson, induziu um grande aumento da pressão arterial dos pacientes. Esse efeito colateral não foi observado em animais, durante o tratamento de demência senil e desordens endócrinas.

40) A combinação das drogas para dieta fenfluramina e dexfenfluramina - ligadas a anormalidades na válvula do coração humano - foram retiradas do mercado, apesar de estudos em animais nunca terem revelado tais anormalidades. (47)

41) O medicamento para diabetes troglitazone, mais conhecido como Rezulin, foi testado em animais sem indicar problemas significativos, mas causou lesão de fígado em humanos. O laboratório admitiu que ao menos um paciente morreu e outro teve que ser submetido a um transplante de fígado. (48)

42) Há séculos a planta Digitalis tem sido usada no tratamento de problemas do coração. Entretanto, tentativas clínicas de uso da droga derivada da Digitalis foram adiadas porque a mesma causava pressão alta em animais. Evidências da eficácia do medicamento em humanos acabaram invalidando a pesquisa em cobaias. Como resultado, a digoxina, um análogo da Digitalis, tem salvo inúmeras vidas. Muitas outras pessoas poderiam ter sobrevivido se a droga tivesse sido lançada antes. (49) (50) (51) (52)

43) FK506, hoje chamado Tacrolimus, é um agente anti-rejeição que quase ficou engavetado antes de estudos clínicos, por ser extremamente tóxico para animais. (53) (54) Estudos em cobaias sugeriram que a combinação de FK506 com cyclosporin potencializaria o produto. (55) Em humanos ocorreu exatamente o oposto. (56)

44) Experimentos em animais sugeriram que os corticosteróides ajudariam em casos de choque séptico, uma severa infecção sang¸ínea causada por bactérias. (57) (58). Em humanos, a reação foi diferente, tendo o tratamento com corticosteróides aumentado o índice de mortes em casos de choque séptico. (59)

45) Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos, Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito doente, uma vez que ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da penicilina, afirmou: "Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos.

46) No início de seu desenvolvimento, o flúor ficou retido como preventivo de cáries, porque causou câncer em ratos. (60) (61) (62)

47) As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado (*nota do tradutor: A Talidomina foi desenvolvida em 1954 destinada a controlar ansiedade, tensão e náuseas. Em 1957 passou a ser comercializada e em 1960 foram descobertos os efeitos teratogênicos provocados pela droga, quando consumida por gestantes: durante os 3 primeiros meses de gestação interfere na formação do feto, provocando a focomelia que é o encurtamento dos membros junto ao tronco, tornando-os semelhantes aos de focas.)

48) Pesquisas em animais produziram dados equivocados sobre a rapidez com que o vírus HIV se reproduz. Por causa do erro de informação, pacientes não receberam tratamento imediato e tiveram suas vidas abreviadas.

49) De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação.

50) Muitos pesquisadores que trabalham com animais ficam doentes ou morrem devido à exposição a microorganismos e agentes infecciosos inofensivos para animais, mas que podem ser fatais para humanos, como por exemplo o vírus da Hepatite B.

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Tempo, dinheiro e recursos humanos devotados aos experimentos com animais poderiam ter sido investidos em pesquisas com base em humanos. Estudos clínicos, pesquisas in-vitro, autópsias, acompanhamento da droga após o lançamento no mercado, modelos computadorizados e pesquisas em genética e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos. Importante salientar que experiências em animais têm exaurido recursos que poderiam ter sido dedicados à educação do público sobre perigos para a saúde e como preservá-la, diminuindo assim a incidência de doenças que requerem tratamento. Experimentação Animal não faz sentido. A prevenção de doenças e o lançamento de terapias eficazes para seres humanos está na ciência que tem como base os seres humanos.

Fonte: PEA - Projeto Esperança Animal